Dermatite peri-oral e as máscaras da pandemia

 

A máscara de proteção aumentou o número de dermatites peri-orificiais, sobretudo peri-oral. A máscara vai criar um ambiente quente e húmido que vai descompensar a flora microbiana da zona. Trata-se duma flora saprófita que vive equilibrada – bactérias, fungos, parasitas – que perante um meio de cultura adequado, descompensa, cresce acima do normal e provoca um processo inflamatório.

A higiene da pele deve ser suave – água micelar para pele sensível seguida de lavagem com geleia micelar ou creme de limpeza (syndets que são produtos de limpeza eficazes mas que não têm sabão).

A hidratação deve ser efetuada com cremes simples, com poucos componentes, sem perfume e sem efeito oclusivo.

Após a fase inicial de crise grave em que pode ser necessária mediação oral instituída pelo Dermatologista, deve ser mantida medicação local de forma a prevenir a recidiva.

Não devem ser utilizados produtos anti-acneicos porque podem agravar a situação. As esfoliações e limpezas de pele estão contra-indicadas.

Também não devem ser utilizadas toalhitas nem esponjas de limpeza. A utilização da cortisona é completamente contra-indicada.

Por Drª Paula Quirino

 

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